Por Márcio Atalla

Estou vendo muitas pessoas fazendo a dieta do low Carb. Esta dieta promete uma redução de peso sem mesmo realizar atividade física. Não acredito que uma dieta baseada somente em gorduras pode perder peso sem prejudicar o organismo. O que você tem a falar.

– Antônio Augusto de Moura Barbosa

 

Concordo com você. Na verdade, qualquer dieta que tenha restrições radicais não pode fazer bem à saúde. Eu, de fato, sou contra dieta, qualquer uma, a não ser quando a pessoa é motivada por alguma filosofia de vida, como os veganos, por exemplo. Se for uma dieta baseada em resultados estéticos, há grande risco de estar fadada ao fracasso. A dieta que reduz bruscamente o consumo de carboidratos não é novidade.

Ela ganha “roupa nova” de tempos em tempos, porque de fato, quem reduz ou zera o consumo desse nutriente perde na balança 5 quilos, invariavelmente, nos primeiros dez dias. Isso não é porque a dieta é boa, mas é uma conta matemática. Tirar o carboidrato significa tirar a água que está nos alimentos do cardápio, que como o nome diz tem hidrato de carbono, ou seja, sua composição contém moléculas de água. Portanto, perde-se peso de líquido.

Perde-se peso de massa magra também, já que nosso corpo tem um estoque de 1 quilo de glicogênio que fica nos músculos. Para estocar esse glicogênio, o corpo precisa de 3 litros de agua, se não recebemos o carboidrato da alimentação, o corpo usa esse carboidrato dos músculos, e por isso perdemos mais água e também perdemos massa muscular.

Pode-se perder ainda uma pequena quantidade de massa gorda, já que a alimentação fica mais restrita e acaba provocando redução da quantidade de calorias ingeridas, mas seria uma quantidade bem menor do que a esperada. Outro fato negativo, é que a restrição leva à compulsão, e com o tempo pode até provocar algum tipo de distúrbio alimentar.

O melhor mesmo é ter uma alimentação variada, equilibrada e colorida, com alimentos mais naturais e menos processados, e fazer atividade física todos os dias. Isso é ter saúde, ter qualidade de vida.

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Fonte: www.marcioatalla.uol.com.br