Bandidos queimam carro roubado em Cambé na região de Jaguapitã
Além de Arapongas, operação aconteceu em outras três cidades; grupo criminoso é acusado da prática de descaminho e possuía bens avaliados em R$ 6 mi
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (21), a Operação Simulação, com a finalidade de combater um grupo criminoso que atua no descaminho de mercadorias e lavagem de dinheiro em Arapongas e outras três cidades.
O objetivo da ação foi dar cumprimento a 14 mandados de busca e apreensão, sendo quatro em Londrina/PR, oito em Arapongas/PR, um em Maringá/PR e um em São José do Rio Preto/SP. Além disso, houve o bloqueio judicial de bens móveis e imóveis e de recursos financeiros mantidos nas contas dos investigados até o limite de seis milhões de reais.
Conforme a PF, O modus operandi do grupo criminoso consistia na importação e comercialização de mercadorias estrangeiras, oriundas do Paraguai, sem o recolhimento dos tributos devidos, e a ocultação e dissimulação dos recursos financeiros obtidos ilicitamente com essa prática criminosa, inclusive utilizando pessoas físicas e jurídicas para a lavagem do dinheiro.
O grupo estaria utilizando empresas de transporte rodoviário para promover a internalização dos produtos no país e também adotava manobras para eliminar ou reduzir as consequências de eventuais fiscalizações, especialmente a utilização de “laranjas de cotas”, ou seja, pessoas que viajariam até a região de fronteira apenas para assumir a propriedade de mercadorias eventualmente apreendidas. Essa simulação foi o que ensejou o nome da operação policial, conforme os agentes.
Ainda segundo a PF, a importação ilícita de mercadorias causa um enorme impacto econômico para o Erário e, também, para as empresas formalmente legalizadas que recolhem seus tributos, na medida em que sofrem com a concorrência desleal praticada por aquelas que atuam de forma fraudulenta na obtenção e venda de produtos. Paralelamente, há também um inegável impacto social, pois as organizações criminosas exploram as pessoas e as utilizam como meio de transporte de produtos do crime ou para lavar o dinheiro obtido ilicitamente.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem chegar a dezoito anos de prisão.
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